A iniciativa desta mensagem coletiva de empresários pertence ao centro analítico internacional independente Europa Aberta (Open Europe) que tem seus escritórios em Londres, Berlim e Bruxelas. A carta foi publicada simultaneamente em diferentes edições da Europa.
Entre os autores que a assinaram estão homens de negócios conhecidos tais como o dirigente da empresa alemã Dr.Oetker, August Oetker, o dirigente da maior rede de pronto-a-vestir da Europa, H&M, Karl-Johan Persson, o chefe do conselho curador da companhia aérea britânica Easyjet, John Barton e uma série de outros seus colegas de negócios.
“Hoje mais de 5 milhões de jovens europeus estão sem trabalho - escrevem, em particular, os empresários britânicos no Sunday Times - A crise do euro, a estagnação da economia e a crescente diferença entre a população e as elites políticas ameaçam o futuro do continente. Nós estamos diante de uma escolha dura -  as reformas ou o fracasso”.
O jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung
 publica uma carta de um grupo internacional de homens de negócios sob o título “Sete Exigências para a Europa do Futuro”. O número de habitantes da União Europeia constitui hoje mais de 7% da população da Terra, eles produzem 25% do produto social bruto do planeta e 50% de todos os pagamentos sociais no mundo.
Nestas condições, o fator decisivo de garantia do bem-estar dos cidadãos da Europa é a garantia da competitividade global das empresas europeias, mas a União Europeia, ao aprovar decisões, deve levar em consideração uma série de orientações. Ou seja, não se deve unir cada vez mais estreitamente mas, pelo contrário, tornar-se mais móvel e aberta. Está na hora de parar o “carrossel de transferências”, quando o dinheiro do orçamento é aplicado em todo o lado, mas não no emprego e no crescimento econômico.
Os autores da carta exigem acabar com a regulação burocrática de tudo e também assinalam que o processo de democratização deve vir de baixo - os soberanos na Europa unificada são os cidadãos e não os representantes do poder. Na base da integração deve-se colocar a liberdade de circulação de mercadorias, serviços, capitais e mão-de-obra.
É pouco provável que valha a pena enumerar todas as condições apresentadas pelos empresários aos “capitães” políticos da Europa unificada. Em essência, as exigências dos representantes dos negócios não são novas. Novo aqui é o fato de que o mundo dos negócios falou e formulou suas reivindicações, que são ao mesmo tempo também reivindicações de toda a economia. Por outro lado, o professor da Escola Superior russa de Economia Ivan Rodionov não considera que os autores da carta expressem os pontos de vista de todo o mundo de negócios europeu, sobretudo dos grandes.
“Mensagens deste gênero são normais em princípio - diz o professor - Tem-se a impressão de que realmente existem muitos pontos de vista e todos eles são debatidos. Mas é evidente também outra coisa - as ações dos governos dos países europeus não podem deixar de corresponder àquilo que os grandes empresários querem deles, pois é justamente dos empresários que depende a sobrevivência da economia e da sociedade inteira”.